A lista, uma lista, mas dá vontade de pôr: lista (1) porque há a lista (2) etc...
Sem ordem de preferência:
1. Sinais de Fogo (Jorge de Sena)
Portugal é assim, feito de pessoas, a vida dentro de uma pessoa que está cá porque está no mundo e não pode, como ninguém pode, deixar de ser um ser.
2. Breviário das Más Inclinações (José Riço Direitinho)
A escrita em cornucópia, o fantástico realismo dos despojados.
3. As Duas Águas do Mar (Francisco José Viegas)
Homenagem a quem tem o estigma injusto da literatura "policial". É "só" literatura da mais emotiva que há.
4. O Milagre segundo Salomé (José Rodrigues Miguéis)
O homem de quem se dizia ter uma alma de um jovem encerrada num corpo de 80 anos. O mito de Fátima no tempo da ditadura. Uma obra maior de um dos grandes herdeiros de Eça.
5. Agosto (Rubem Fonseca)
Em 31 dias a história do Brasil de 1954, o regresso e queda de Getulio Vargas pela vida de um inspector do Rio de Janeiro.
6. Amor Louco (André Breton)
Este é o livro do surrealismo, um amor inevitável !
7. Prazer e Glória (Agustina Bessa Luís)
A escrita fascinante, a delícia de ter 3 filhas que cuidam de um homem. Desejos frustrados ...
8. O Fantasma de Harlot (Norman Mailer)
A CIA, Kennedy, Fidel e Marilyn. Um livro para estar ao lado de Doistoevsky, enorme em tudo.
9. Filomeno (Gonzalo Torrente Ballester)
Ibérico. A Galiza e Portugal , uma saga inesquecível. "Vossa Excelência tem razão, mas não tem toda. E a pouca que tem, não vale nada".
10. Amanhã na Batalha Pensa em Mim (Javier Marias)
A escrita suave, o que escreve tão bem que, como poucos, não transmite o narcisismo do escritor. Magnífico no retrato do "ghost writer".
E agora? fico-me só com 10?
(sugestão da elipse)