27 novembro 2005

Do riso e do esquecimento


G. elevou-se da cadeira da classe executiva, a meio da noite sobre o oceano, pela janela pequena rezou à lua, acabou o copo de Cliquot, viu pela ultima vez as listas da camisa da hospedeira, abandonou os auscultadores e o piano de Jarrett, atirou o diário para o chão. A sua camisa de riscas rosas alastrou um vermelho vivo de tinta permanente, a tinta permanente, a última ideia de eternidade possível.

Depois abriu a porta de segurança do avião.


9 comentários:

Anónimo disse...

Teria sido "La Grande Dame"? que desperdício...

jp(JoanaPestana) disse...

:p isto está bom está...

Carlos Azevedo disse...

JP
Mas isto não fica por aqui! Há mais com o destino traçado. Acho q ainda hoje vou matar um conde do Séc. XIII

Oh OT, quem á Grande Dame ? A Madonna, não? :)

Anónimo disse...

La Grande Dame c'est la "creme de la creme" da Veuve Clicquot.

Carlos Azevedo disse...

Não gosto de champagne com quereme

Anónimo disse...

e quereme sem champagne? ;)

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

Veuve Clicquot, Kundera, Keith Jarret... merda, e uma tipa com tão bom gosto atira-se do avião! Só ficam os das Quintas de celebridades...:(
Carlos, faz-me o favor de mudar de alvo.

:)
bj

Carlos Azevedo disse...

MRF, nem precisas dizer.

No tiro ao alvo convém mesmo mudar, que o centro fica todo esburacado em menos de um fósforo ;)

Belém Neto disse...

Gostei do que escreve, e de como descreve!