Tamara de Lempicka (1898- 1980)
Recuperou T. de um pacote de fotografias retirado de uma partilha espúria, que lembrava uma casa, em África. Sim, ele teve uma casa em África, que um dia de 1995 olhou com o coração reduzido a um pequeno mecanismo vivo, pensando como fazer daquelas paredes um animal vivo com quem falasse nos meses que iria ali habitar.
Escolheu Tamara de Lempicka como companhia, decorou as madeiras das prateleiras arranhadas com brinquedos provenientes da rua, imaginações em metal barato de quem vivia na rua. Depois ligou um walkman a umas colunas de som minúsculas, abriu a água quente, pegou num livro de poemas velhinho de Rilke e deitou-se na banheira a tentar perceber o que o afastara de casa qualquer coisa à volta de 6.000 km
3 comentários:
Às vezes não vale mesmo a pena fazer muitas perguntas...
Não há escolhas inocentes e a T.de Lempicka fala por si.
fazem-se escolhas num dia qualquer, em horas improváveis.
São apenas escolhas...
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