Conta-se que o vento leva a memória para longe naqueles dias, quando as mãos pousam na roda do leme e olham para todas as velas no horizonte de bruma. Todas as almas sabem como é deslizar em silêncio, com asas que não tremem nem murmuram mais do que o vento, mesmo que uma atrapalhada recordação teime em fazer frente ao mar.
Ouve-se o chapinhar do barco nas ondas, as gaivotas repousam numa onda que partiu de longe e as eleva e faz desaparecer. O prazer aumenta e os olhos não têm medida, as bolachas repousam na popa com as luvas, com o sol, e apetece ir sempre para lá do que não se sabe, adiar mais o momento de inverter o rumo.
O veleiro dá um impulso a todas as almas.
Domingo
Há 13 horas
3 comentários:
E a todos os corpos... ;)
a mim parece-me mais o contrário
que são as almas que impulsionam os veleiros
mas isto sou eu...
ah, e a foto do dito está o must, mas a senhora do vento também ;-)
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