(Bachus enjoado - Caravaggio, 1593)
A História Secreta (Donna Tartt) é The Secret History e não The Secret Story, e esta diferença de tradução impossivel faz uma enorme diferença.
"Tenho uma história para contar, mas já é a única historia que posso contar", diz Richard Pappen, o narrador e o espectador, embaraçado embriagado e enrodilhado no remorso.
Hoje o acto, qualquer acto, parece irrelevante, parece não fazer história, mas como um furacão que ganha força de repente eleva-se nos ares e paira sobre quem o cometeu. Paira sempre para sempre, e não vale o esforço de limpar os olhos, esfregar o peito e mergulhar em águas límpidas.
Agora já não nos pertence: o nosso acto (i)reflectido espelha-se nos outros.
Um jornalismo militantemente irrelevante
Há 20 horas
1 comentário:
Luta dura com a derrota estampada no olhar dionisíaco de baco.
Putas de histórias secretas em que o narrador é espectador mas não espera mais do que a narração enrodilhada nos seus dentes cerrados.
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