18 maio 2009

Deixo-te hoje, Porto



Deixo-te hoje, Porto
Como sempre
A volta que volto a fazer
A alma pressente

Na tua infame neblina
que teima em deixar um rosto
não o rosto que devia
mas o rosto que gosto

15 maio 2009

E se por acaso, e contra tudo o que esperavas, a ouvisses chamar?


- Que queres agora?

- Eu? nada de especial, estava a falar de acasos e impulsos

- E que tenho eu a ver com isso?

- Bom, pensei que estavas a precisar de um impulso

- Por acaso não estou, por acaso estou a flutuar, n preciso de ti pra nada

- Vês, foi acaso, se calhar estás apaixonado...

- E se estiver? Ela sabe

- Sabe? Quem ?



14 maio 2009

Power Rangers


Post hoc ergo propter hoc


(depois disso, logo causado por isso)

12 maio 2009

A mente em movimento para outro lado


Na rua movimentada, imerso na rua movimentada.

Se de repente no meio do movimento fosse preciso falar : falar, abrir a boca e movimentar as mãos como que a esboçar o ante-movimento da fala.
Entre a gente da rua movimentada apenas alguns olhos se deslocariam do curso normal que os olhos seguem quando vão numa rua movimentada.
Se de repente no meio da rua se agitassem mãos e a boca se abrisse para falar, gritaria e não haveria espaços nem olhos que os olhassem, nem se desviariam para olhar fugazmente para nada.
Mas se numa rua movimentada, experiência de não-liberdade e opressão, de repente as mãos introduzissem uma ruptura tal que os olhos que se movimentam se fixassem e os corpos que seguem colados parassem?

As mãos agarradas ao peito e a boca aberta no espanto da dor, as mãos a descerem pelo corpo abatido até que a cabeça bata violentamente contra a pedra da rua. Os olhos aos milhares param então e falam. Acabou a solidão da rua.

Naquele infimo instante entre a queda e a ausência da mente.

Em movimento para outro lado. A mente em movimento para outro lado

09 maio 2009

Write your name across the sky


You look so bright, tonight, R.

The future shines like a jewell