So you give to me and I give to you... true love
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CA cantarolava Bing Crosby pela estrada que levava ao Luso. Tinha feito esta estrada várias vezes enquanto vibrava com as canções de Crosby, os duetos com Grace Kelly, a voz de baixo temperado de Martin, a voz que levava CA de volta aos saraus do Ateneu: Sinatra.
Levava uma camisa branca de meia manga e uns calções de caqui, estava quase a vender um Unimog à empresa de M., um filho da mãe que quase o lixara na ... bem, que interessa isso, não deixes a irritação da manhã levar-te, pensou CA, voltando ao True Love. Conduzia um studebaker, azul com capota branca, já velho, e talvez esta venda possibilitasse a troca, ainda não tinha pensado em quê, talvez... passou-lhe uma imagem estranha de um automóvel arredondado, preto, com um símbolo não menos estranho, pareciam umas argolas entrelaçadas, curioso, pensou, o CM antes de partir falou em carros com este símbolo. Arrepiou-se com a imagem dos olhos negros profundos do filho, aquele ar de solidão adulta num corpo tão pequeno, arrepiou-se com esse olhar quando lhe negara uma ida à corrida da Fortaleza. Como se planeasse uma resposta. Em troca.
Olhou os imbondeiros à beira da estrada, cheios de frutos pretos que parecem ratos com a cauda pendurada dos ramos.