11 novembro 2005

Spectrum


Spectrum

Olho para M. e retiro o olhar que poiso em V.
V. inunda o quarto com o olhar que reluz em mim
Onde houvera risos e champagne em copos baços
(gelados)
Há agora este silêncio de aves repousadas na noite
(Com olhos abertos)
A capa de livro aberto enrodilhada na face de V.
Releva as letras góticas,
E está imiscuida com pestanas de V, cujos olhos
(abertos)
Continuam a irradiar a mesma luz com que
(relutante)
Amou M.
O vidro em pedaços polvilha a face e o seio de M.
De um copo antigo de família, agora desprezado
(pulverizado)
A minha mão corre pelo corpo de M e acaricio V.
(com os lábios roxos)
Como se fosse possível continuarmos os três
(mais que doze minutos)

Que fazem aqui este corpos gelados?

5 comentários:

Maria do Rosário Sousa Fardilha disse...

Sabe que adorei este teu poema sequesse(n)sual. fiquei com o corpo gelado. unhhhhh... :):):)

K. disse...

Sugestivo, sugestivo... :)

jp(JoanaPestana) disse...

ia escrever-te do que me lembrei,mas desisti a tempo,há dias mórbidos,e as palavras aninhadas estão bonitas :-)

Carlos Azevedo disse...

Psychopata Americano? Ou 12 % dos portugas já tiveram sexo a 3?

jp(JoanaPestana) disse...

Ás duas por três, sabe-se lá.Mas é mais psycho sim ;-)