skip to main |
skip to sidebar
Sweet little engine
Fecho quatro portas, pressinto seres misteriosos e malévolos do lado de lá.O aquecimento está sempre ligado neste espaço miserere, embora um ser muito pequeno partilhe o co2 comigo, parece-me uma mosca, mas podes ser tu enviada do outro pequeno espaço onde a porta permanece aberta, com outro aquecedor ligado.
Não sei, mas enquanto decido para que lado se imaginam as coisas, abro o frigorífico, tão gelado, conservando a salada fresca. Depois viro-me para o armário e as luminosas latas já conhecem o caminho.
Gosto de sair depois, pôr as luvas e os detestáveis óculos escuros redondos, mas fica sempre o pequeno mistério das 10 horas que ignoro entre a abertura do armário das latas e a saída da porta de casa, para a luz.
Quereria relatá-las, essas tantas horas, em número, mas não sentidas, mas que pode aqui fazer sentido dizer? Um avião que levanta voo, bate as asas, encurtadas durante o sonho porque, bem, porque é um sonho, suponho, e depois eu mergulho de 300m de altura para salvar os seres que ali se diluem, lívidos e, suponho, mortos?
Não, estas coisas não se podem dizer. Good night & good luck for the next 10 h.
2 comentários:
Ah essa condessa! Mas essa tinha odor corporal que se pegava às letras dos livros, uma maldição inexplicada até hoje.
Enviar um comentário